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Há 48 anos, ia ao ar a primeira edição do "Jornal Nacional"


Em 1º de setembro de 1969, ia ao ar o primeiro "Jornal Nacional" que era (e ainda é) gerado no Rio de Janeiro e retransmitido para todas as emissoras de rede.

A Globo conseguiu fazer do "JN", em pouco tempo, o mais importante noticiário da TV. "O 'Jornal Nacional', da Rede Globo, um serviço de notícias integrando o Brasil novo, inaugura-se neste momento: imagem e som de todo o país", abriu Hilton Gomes.  "É o Brasil ao vivo aí na sua casa. Boa noite", encerrou Cid Moreira.  Em 1972, já consagrado pelo público e crítico, Armando Nogueira, diretor de telejornalismo da Globo na época, declarou à publicação Cartaz: "O segredo de nossos telejornais é que não perdemos tempo contando histórias. Um telejornal não pode seru m simples prolongamento do radiojornal. Um locutor sentado diante das câmeras, a recitar um texto, ilustrado, no máximo, por uma outra foto, é o antitelejornal".

"Com os grandes recursos de som o imagem que nós temos atualmente, nós descobrimos que a fórmula era usá-los. Por exemplo: um avião cai, em algum lugar do mundo. Nosso locutor diz apenas: 'O avião tal caiu em tal lugar' e o resto é contado pelas imagens - dos trabalhos de salvamento, dos sobreviventes o coisa e tal. O principal é que o telespectador veja o que aconteceu", continuou.  Há 40 anos, Glória Maria era a primeira repórter a entrar, ao vivo, mostrando o movimento de saída de carros do Rio de Janeiro no fim de semana. Foi ela quem estreiou os equipamentos portáteis de geração de imagens.  Principal jornal da Globo e do país desde então, o "JN" é o recheio do sanduíche das novelas, estratégia promovida por José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, desde os primórdios e que perdua até hoje.  Com várias reuniões ao longo do dia para se discutir o que vai ao ar às 20h30 e diversas afiliadas e repórteres tentando emplacar matérias no "Jornal Nacional", ele ainda continua sendo o ápice.  Há alguns anos, o editorial tem ficado mais 'light'. William Bonner, em um "Domingão do Faustão" de 2011, falou ao apresentador sobre a necessidade de ser menos "hard".    Na época, Bonner declarou que Tiago Leifert foi um dos responsáveis pela mudança de postura do "JN". Em 2009, Leifert fez história mudando o perfil do "Globo Esporte", onde não fazia o uso de teleprompter.  Em junho, sua mudança mais impactante. Projeto planejado há três anos, a redação passou a ter o dobro do tamanho da anterior e maior interação entre as equipes.  Repaginando também a trilha sonora, o "JN" abusou da tecnologia e de um tom mais informal, tendência nos últimos anos.  Até hoje, o "Jornal Nacional", atualmente ancorado por William Bonner (também editor-chefe) e Renata Vasconcellos, é o telejornal mais visto do país. E influente também.

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