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Telespectadores pedem Gazeta na TV paga; canal lança campanha e explica



Canal paulista conhecido em todo o Brasil, a TV Gazeta quer entrar nas operadoras de televisão por assinatura, para expandir sua audiência e ser vista em todo o país.

Nesta semana, leitores do site  NaTelinha enviaram alguns e-mails questionando o motivo do canal não estar presente nas principais operadoras de TV por assinatura do Brasil, já que ela produz conteúdo nacional considerado de qualidade.

Atualmente, a Gazeta só está presente na Vivo TV. Ciente dos inúmeros pedidos que recebe, a emissora foi à luta: na última terça (28), lançou uma campanha em seu Twitter oficial, que já conta com o apoio dos profissionais contratados. Através da hashtag #EuQueroATVGazeta, o canal pede que os consumidores peçam e exijam que operadoras como Net e Sky carreguem o sinal. A Gazeta argumenta que não cobraria nada por este espaço.

Em comunicado enviado após um contato feito pelo NaTelinha, a Gazeta explicou dois pontos importantes: por que não é um canal obrigatório segundo a Lei de Conteúdo Nacional, criada pela Ancine (Agência Nacional de Cinema), que obrigou operadoras a carregarem emissoras como Ideal TV, CNT e Rede Brasil nos line-ups das mesmas; e qual a condição técnica do canal hoje.

A resposta foi direta: "A TV Gazeta de São Paulo não faz parte da cotas de canais obrigatórios para carregamento nacional porque sua área de cobertura - através de emissoras e retransmissoras - não atinge o montante definido em lei para tal configuração, o chamado 'Must Carry'. O interesse do público pela programação é uma importante variável para que as operadoras incluam as emissoras no seu line-up. Foi desse modo que a TV Gazeta foi carregada pela VIVO HDTV. Para que o nosso telespectador e fãs da TV Gazeta tenham conhecimento dessa informação, iniciamos a campanha #‎EuQueroTVGazeta. A ideia é que o sinal da TV Gazeta seja liberado sem custos para as operadoras e seus assinantes. Para participar, basta que o telespectador procure sua operadora e solicite a TV Gazeta em seu pacote de canais. A emissora conta com infraestrutura técnica para disponibilizar seu sinal digital para todas as TVs por assinatura".

Conteúdo próprio

Se a questão aqui não fosse apenas a área de cobertura, e sim a produção de conteúdo, sem dúvidas a Gazeta merecia um lugar nas operadoras ou ser considerado obrigatório pela Ancine.

Segundo a programação disponível nos sites da emissora, a Gazeta produz hoje, de segunda a sexta, cerca de 14 horas de conteúdo próprio, tendo programas como "Todo Seu", "Mulheres", "Revista da Cidade", "Gazeta Esportiva", "A Máquina", "Ouça!", além do jornalismo, que tem como representantes o "Gazeta News" e o "Jornal da Gazeta", em duas edições: às 19h e às 22h.

Nos fins de semana, o canal exibe o tradicional "Mesa Redonda: Futebol Debate", comandado por Flávio Prado. Nomes importantes são contratados da casa, como Ronnie Von, Cátia Fonseca, Rodolpho Gamberini, Goulart de Andrade e Rodrigo Rodrigues.

Já canais considerados obrigatórios como CNT, Ideal TV e RBI (ex-MixTV, que virou um canal pago no ano passado), têm pouco a oferecer ao espectador. Cada uma destas emissoras vendeu 22 horas de sua grade horária para igrejas evangélicas exibirem telecultos e pregações. A primeira arrendou para a Igreja Universal do Reino de Deus, de Edir Macedo; a segunda foi alugada pela Igreja Mundial do Poder de Deus, do Apóstolo Valdemiro Santiago; enquanto a terceira ficou com a Igreja Plenitude.

Vale ressaltar que, quando viraram obrigatórios, em 2013, os três canais produziam bastante. A Ideal TV é a antiga MTV Brasil, que pertencia ao Grupo Abril, mas se encerrou em setembro de 2013, com a marca devolvida para a Viacom, que lançou o canal na TV paga. A concessão foi comprada pelo Grupo Spring, mas a venda pode ser cancelada pelo Ministério Público, conforme noticiou o NaTelinha anteriormente.

A CNT produzia programas em maior quantidade, como o "Notícias & Mais", de Leão Lobo. Porém, atrações foram extintas, profissionais foram demitidos e a programação arrendada, por conta das dificuldades financeiras que o canal atravessa.

Já a RBI era a MixTV, que até o ano passado era um canal aberto de música e concorrente direto da antiga MTV Brasil. Depois de ser considerado obrigatório, a Mix decidiu ficar apenas restrito à TV paga. Surgiu então a RBI, que no início exibia apenas videoclipes musicais, mas que em um mês de existência virou um canal caça-níquel, com a venda de sua programação para a Igreja Plenitude.

2 comentários:

Serginho Tavares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Serginho Tavares disse...

gostaria de ver a Gazeta na TV paga. ela tem conteúdo bem melhor que muita emissora maior que ela, como por exemplo aquela do bispo ladrão