Esse carnaval serviu para me mostrar uma coisa, não sou mais o mesmo e nem tenho a mesma disposição que um dia tive, acho que amadureci em alguns aspectos, tornei-me mais consciente da minha realidade existencial, verdade que surto de vez em quando e me comporto de forma diferente ao que penso e sinto, mas isso serve apenas para demonstrar que não sou perfeito, o que me deixa muito feliz, pois posso errar sem culpa. Pois bem.
Então, o carnaval desde ano me serviu ainda para provar duas coisas, não sei mais como conquistar uma mulher numa festa, não sei o que dizer, falar, como me comportar, e a outra, não tenho ânimo para ficar, dá um beijo e ir embora como se o mundo estivesse resumido a isso, sim, eu mudei, só não sei se para bom ou pior, mas agora sou assim. O chamado “ficar” perdeu o sentido, não quero apenas um beijo, quero história, romance, conversa, sentimento. Piegas, é? E? Nada.
A vida é assim, a gente vive e vai amadurecendo, crescendo, valorizando outras coisas, curtindo melhor os momentos, as pessoas, sem aquela pressa da adolescência de viver tudo com todos. Ficar mais experiente é saber selecionar os momentos, aproveitar o sabor da vida, curtir a experiência. Voltando para a minha reflexão de carnaval.
Pra ser sincero, a minha maior angústia é paquerar, nunca fui bom nisso e hoje estou pior, não sei o que dizer, falar, sou um desastre, se alguém mulher puder me ajudar, eu ficaria grato, caso contrário vou morrer sozinho. Depois de muito tempo sem sair, ir festas, quando você vai parece que não faz mais sentido, o mundo mudou, a vida é outra, as pessoas são diferentes. Ter 31 anos no meio dessa meninada jovem com 20 anos faz você parecer uma múmia, são todos lindos, fortes, belos, perfeitos. Mas carentes e infantis, estão em fuga, fugindo das próprias fragilidades, por isso entorpecem a consciência.
Vi homens e mulheres se beijarem, aquele beijo rápido e sem história, talvez até com algum sabor, gostoso, mas sem emoção. Até um amigo chegou e nos disse - já beijei uma, começou a contagem - ele estava contando a quantidade e não se preocupando com a qualidade do momento. Até que outro amigo me disse - não se estou ficando velho ou chato, talvez até as duas coisas, mas o fato é que não me vejo mais dando um beijo numa garota só por beijar, para dizer que fiquei e sair cantando vitória pelos ares, não, mudei, não sou mais assim.
Também é minha essa reflexão, ele disse, mas eu já havia pensado. Não sei se sou diferente, talvez por que não seja bonito, não tenha beleza para atrair as mulheres desenvolvi outras formas de compensação, tornei-me mais sensível, busquei outras vias. Claro, não serve muito, todo mundo quer mesmo é alguém bonito, charmoso e belo, essa história politicamente correta de que beleza interior vale mais, é balela, hipocrisia, falsidade, no fundo ninguém pensa assim e nem quer mesmo saber de gente assim, se assim o fosse, no lugar de comprar carro, roupa, ir festa, fazer regime, só faríamos duas coisas, compraríamos livros e rezaríamos, seria bom pra o nosso espírito, mas isso pouco fazemos, logo.
No fundo as pessoas admiram pessoas inteligentes, boas, humildes, mas não tem coragem de ser como elas, nem se interessam por elas, a gente quer mesmo e gosta mesmo é de carne, de corpos, do prazer sexo que um corpo bonito e perfeito pode nos proporcionar, eis a nossa grande realidade.
Vejo meus amigos, não só eles, mas a maioria dos homens, olharem para uma mulher bonita e soltarem sempre as mesmas frases – nossa, que gostosa, nossa, fazer sexo com ela deve ser bom demais - procuro fazer uma caminho diferente, quando vejo uma mulher bonita sempre fico pensando se a beleza dela exterior corresponde ao que ela tem por dentro, me pergunto, o que será que uma mulher assim gostaria de conversar, o que pensa sobre a vida, o que sente em relação a si mesma e ao mundo.
Já temos sexo demais por aí, beleza demais, “fica”demais, precisamos de afeto, de romance, de história, de paixão, de vida, chega de prazer barato e relações superficiais, precisamos pensar mais sobre a nossa existência, o que queremos, desejamos, o que nos faz viver e sentir. Mas claro, é apenas uma reflexão pessoal.
Ronaldo Magella
Jornalista e Professor - Blog - http://www.ronaldo.magella.zip.net/
Então, o carnaval desde ano me serviu ainda para provar duas coisas, não sei mais como conquistar uma mulher numa festa, não sei o que dizer, falar, como me comportar, e a outra, não tenho ânimo para ficar, dá um beijo e ir embora como se o mundo estivesse resumido a isso, sim, eu mudei, só não sei se para bom ou pior, mas agora sou assim. O chamado “ficar” perdeu o sentido, não quero apenas um beijo, quero história, romance, conversa, sentimento. Piegas, é? E? Nada.
A vida é assim, a gente vive e vai amadurecendo, crescendo, valorizando outras coisas, curtindo melhor os momentos, as pessoas, sem aquela pressa da adolescência de viver tudo com todos. Ficar mais experiente é saber selecionar os momentos, aproveitar o sabor da vida, curtir a experiência. Voltando para a minha reflexão de carnaval.
Pra ser sincero, a minha maior angústia é paquerar, nunca fui bom nisso e hoje estou pior, não sei o que dizer, falar, sou um desastre, se alguém mulher puder me ajudar, eu ficaria grato, caso contrário vou morrer sozinho. Depois de muito tempo sem sair, ir festas, quando você vai parece que não faz mais sentido, o mundo mudou, a vida é outra, as pessoas são diferentes. Ter 31 anos no meio dessa meninada jovem com 20 anos faz você parecer uma múmia, são todos lindos, fortes, belos, perfeitos. Mas carentes e infantis, estão em fuga, fugindo das próprias fragilidades, por isso entorpecem a consciência.
Vi homens e mulheres se beijarem, aquele beijo rápido e sem história, talvez até com algum sabor, gostoso, mas sem emoção. Até um amigo chegou e nos disse - já beijei uma, começou a contagem - ele estava contando a quantidade e não se preocupando com a qualidade do momento. Até que outro amigo me disse - não se estou ficando velho ou chato, talvez até as duas coisas, mas o fato é que não me vejo mais dando um beijo numa garota só por beijar, para dizer que fiquei e sair cantando vitória pelos ares, não, mudei, não sou mais assim.
Também é minha essa reflexão, ele disse, mas eu já havia pensado. Não sei se sou diferente, talvez por que não seja bonito, não tenha beleza para atrair as mulheres desenvolvi outras formas de compensação, tornei-me mais sensível, busquei outras vias. Claro, não serve muito, todo mundo quer mesmo é alguém bonito, charmoso e belo, essa história politicamente correta de que beleza interior vale mais, é balela, hipocrisia, falsidade, no fundo ninguém pensa assim e nem quer mesmo saber de gente assim, se assim o fosse, no lugar de comprar carro, roupa, ir festa, fazer regime, só faríamos duas coisas, compraríamos livros e rezaríamos, seria bom pra o nosso espírito, mas isso pouco fazemos, logo.
No fundo as pessoas admiram pessoas inteligentes, boas, humildes, mas não tem coragem de ser como elas, nem se interessam por elas, a gente quer mesmo e gosta mesmo é de carne, de corpos, do prazer sexo que um corpo bonito e perfeito pode nos proporcionar, eis a nossa grande realidade.
Vejo meus amigos, não só eles, mas a maioria dos homens, olharem para uma mulher bonita e soltarem sempre as mesmas frases – nossa, que gostosa, nossa, fazer sexo com ela deve ser bom demais - procuro fazer uma caminho diferente, quando vejo uma mulher bonita sempre fico pensando se a beleza dela exterior corresponde ao que ela tem por dentro, me pergunto, o que será que uma mulher assim gostaria de conversar, o que pensa sobre a vida, o que sente em relação a si mesma e ao mundo.
Já temos sexo demais por aí, beleza demais, “fica”demais, precisamos de afeto, de romance, de história, de paixão, de vida, chega de prazer barato e relações superficiais, precisamos pensar mais sobre a nossa existência, o que queremos, desejamos, o que nos faz viver e sentir. Mas claro, é apenas uma reflexão pessoal.
Ronaldo Magella
Jornalista e Professor - Blog - http://www.ronaldo.magella.zip.net/
1 comentários:
Parabéns pela postagem, Ronaldo... O que acontece é que são fases da juventude! Um dia, algo que tem graça, no outro não tem mais... Esta é a vida e seu post reflete claramente isto! Abraço!
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