Rio - Depois de ser sucesso como livro de Martha Medeiros, ser encenado no teatro e ter uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro, chegou a vez de ‘Divã’ ganhar espaço na TV. Marcada para estrear em abril, a nova minissérie da Globo dará continuidade à história do filme com Lilia Cabral na pele Mercedes, só que no futuro. Serão oito episódios independentes, que tratam dos conflitos vividos pela mulher brasileira.
“A Mercedes vai para o divã com um motivo que é desenvolvido com início, meio e fim. São 40 minutos que a gente consegue colocar a ideia e desenvolvê-la. Estamos contando oito histórias para chegar ao coração feminino. E a gente espera que tenha um maridão do lado que aproveite também a mensagem”, explica Lilia.
A grande diferença para o longa é que a minissérie não será baseada na busca por um amor. Agora, a temática são os conflitos de uma mulher de 50 anos com dois filhos adolescentes (Duda Nagle e Johnny Massaro). “As histórias são outras, com novas possibilidades”, explica o diretor de núcleo Jayme Monjardim. Mas a questão do romance não é esquecida e aparece na figura de Jurandir (Marcelo Airoldi), seu vizinho, que vive um amor platônico pela cinquentona, que o vê apenas como um bom amigo — bem diferente do cafajeste Gustavo, que o ator interpretou em ‘Viver a Vida’.
“Jurandir é um cara careta e o Gustavo não tinha escrúpulos. Apesar de ser sincero, ele erra o ‘timing’ e a Mercedes não consegue ter olhos por ele”, revela Marcelo.
Além da relação com o vizinho, a protagonista também aparece ao lado do cabeleireiro Renée (Paulo Gustavo) e da amiga Tânia (Totia Meireles), dona de uma galeria de artes, onde expõe seus trabalhos.
Para desenvolver uma performance impecável e garantir o sucesso também na TV, Lilia capricha. “No teatro, além de você ter uma história viva, pode criar personagens, elementos do cotidiano sem nenhum pudor. Lá eu era uma macaca. No filme, fiz uma coelhinha mais comportada. Na TV, eu juro que tento ser uma macaca, mas não consigo”, compara a atriz, que prefere não pensar em uma inspiração concreta.
“Uma vez, disse que me inspirei na minha mãe. Eu vi o espírito da coitadinha me perguntando: ‘Por que você falou que se inspirou em mim?’. E eu não me inspirei nela. Acho que essas coisas a gente nem pode falar. Quando vai contar uma história tem que abrir as suas gavetas e ter a coragem de colocar as suas experiências para fazer a personagem ser viva. Quando a gente se inspira em alguém, acaba se escondendo. Tem que ter a coragem de colocar a cara e as nossas próprias experiências. Um personagem jamais será igual a algo que você viu ou viveu”, conclui.
Nova York
O Dia Online
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