
Há três semanas estreou a terceira temporada de A Fazenda, reality exibido pela Record. E até agora nenhuma edição do programa havia tido tantas brigas, discussões e ofensas, como a atual.
O programa mal começou e alguns participantes já mostraram suas garras. Desta vez a aparente harmonia, comum no início de qualquer confinamento televisivo, se quebrou antes mesmo dos participantes escolherem a cama em que iriam dormir.
Quem acompanhou a estreia, viu que uma das participantes ficou sem cama. Por conta disso, resmungou e ensaiou um distanciamento do grupo. No dia seguinte, a mesma pessoa em questão reclamou da distribuição das tarefas. E na hora de se dividirem em equipes, ela (de novo) foi a última a ser escolhida.
A semana seguiu em frente, com tarefas sendo realizadas e aplicadas. Já o primeiro “barraco” ocorreu quando membros de um mesmo grupo se desentenderam, na hora de definir em quem votar.
A discussão gerou um mal estar nos envolvidos e na casa, onde membros se sentiram perseguidos, ou melhor, incomodados. Como os particiantes estão divididos em equipes, o raciocínio também tem sido em grupo. Ou seja, votos coletivos.
Fofocas, armações, bate bocas... Que tudo isso rola em realities, nós já sabemos. Mas esse, em questão, chegou a uma proporção estafante. Não sei você, leitor, mas para mim esse roteiro já está batido.
Volta e meia, na falta de argumentos, participantes específicos voltam a tocar na mesma tecla. Mas sou justa. Admito que algumas palavras ofensivas são diferentes, chegando a serem cada vez mais duras e/ou de fundamento ignorante e inconsequente.
Embora também seja uma telespectadora, não pretendo julgar quem está certo, ou errado, na questão em si. O motivo pelo qual o grupo brigou. Mas também não posso deixar passar em branco argumentos como: “sabe o que acontece com alguém que faz o que você fez no Rio de Janeiro?, “por muito menos, na ditadura, pessoas foram eliminadas”, ou ainda “ela é mais homem do que eu?” (Os termos em questão podem não ser uma reprodução fiel, salvo o significado dos mesmos).
Aquilo que, de início, tinha o propósito de entreter, acaba por levantar questões como violência, preconceito e, talvez, até homofobia. E o que é pior, dito por pessoas de conhecimento público. Aparentemente ídolos, e supostamente exemplos a serem seguidos.
Sinceramente, se o programa continuar nesse rumo temo pelo que pode vir mais à frente.

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