
Depois de muito tempo sem acompanhar, resolvi na noite de ontem abandonar os meus programas tradicionais do horário para ver e analisar o Jornal da Record. Apresentado por Ana Paula Padrão e Celso Freitas que na edição desta segunda foi substituído por Marcos Hummel .
Quando sintonizei a Record ainda estava passando o agora diminuído SP Record* com uma reportagem especial do Reinaldo Gottino que era boa , mas não chamou minha atenção fazendo com que saísse da frente da TV por uns instantes. Quando voltei estava numa reportagem sobre violência e morte e achei que ainda fosse o SP RECORD , mas não já era o JR .
Acomodei-me para continuar a ver o jornal e o que observei foram matérias sucessivas sobre Violência, Morte e Trafico de Drogas que dominaram primeiro bloco do informativo. Utilizando de um sensacionalismo exagerado para manter a estabilidade no IBOPE, atitude que fez com que eu retirasse o meu irmão menor da sala, a emissora seguiu mostrando reportagens de embrulhar o estômago. Vendo isso fiquei a me perguntar onde estava o Jornalismo Verdade tão pregado nas chamadas e o compromisso com a prestação de serviço, afinal o que essas noticias mudam na vida da massa de telespectadores? Nada. É tão somente uma informação a mais.
Felizmente no desenrolar da edição os temas abordados foram aos poucos ficando mais suaves passando pela política, Economia, esporte e uma reportagem especial sobre diabetes que foi sensacional porque eles analisaram a situação de diferentes ângulos. Nesse momento comecei a pensar que o objetivo deles era fazer uma contra-pauta em relação a Globo, mas próximo ao fim da atração, Ana Paula Padrão anunciou como destaque do dia um depoimento de uma senhora da reportagem sobre Violência exibida no primeiro bloco, instaurando na redação e na minha casa um clima horrível, tão ruim que os apresentadores encerram o jornal sem nem dizer o simples BOA NOITE.
Uma edição que tinha tudo para ser um sucesso, mesmo com os excessos inicias, acabou de forma lamentável por causa de um erro grotesco de sua equipe. Prova mais que suficiente que o Jornalismo da Record precisa ser repensado porque ele não é ruim, mas quando é preciso escolher entre números no ibope e o compromisso com o telespectador, a emissora não tem feito a escolha certa.
Texto escrito por Frederico Solon: Tv foco

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