O INCRÍVEL LOMBARDI
Depois da nossa lamentável perda, posso falar um pouco deste que foi realmente um colega querido por todos.
O Lombardi foi-me apresentado nos estúdios da Globo que funcionavam na Praça Marechal Deodoro, próximo ao centro de São Paulo . Eu acabara de ser contratado para ser auxiliar de produção do Programa Silvio Santos, que no ano 1974, era transmitido diretamente dos estúdios da TV Globo, que ficavam naquele local. Fiquei emocionado ao conhecê-lo. Eu que tinha apenas 15 anos, já o conhecia como a “voz da Globo”.
Comecei na produção do programa Silvio Santos que era transmitido ao vivo, a partir das 11 horas da manhã, e ia até as 20 horas. Porém, eu cuidava do sigilo das perguntas de um programa que na época chamava-se “Só compra quem tem”. E o Lombardi, eu e o rapaz que escrevia as cartolinas que apareciam no “ar”, éramos os únicos, além do próprio Silvio, que sabíamos as perguntas e respostas do tal concurso.
Foram longos anos de convivência profissional e de amizade. Eu o admirava e ele me incentivava a seguir a carreira de locutor. Tanto que minha primeira experiência em rádio foi na Rádio ABC de Santo André. Lombardi apresentava um programa diário pela manhã e eu acabei fazendo minhas primeiras apresentações no programa dele, com o aval do dono da rádio o Dr. Antonio, figura simpática e que sempre apoiou o nosso amigo Lombardi.
Eu fui construindo minha carreira como produtor e redator, escrevia os textos que ele, com sua inconfundível voz, narrava com extraordinária competência e assim fomos, cada um em seu caminho, seguindo seus rumos.
Depois de estrear como apresentador de TV, nos encontrávamos pelos corredores da emissora e ele sempre que me via, repetia a mesma frase “não vou esquecer daquele dia…”. Somente ele e eu sabíamos o que esta frase queria dizer.
Na verdade há que se esclarecer que o Lombardi, morador do ABC – região metropolitana de São Paulo, sempre preferiu ir de trem até a estação da Luz e depois ser levado para a TVS ou SBT. Ou seja ele, naquela época, nunca gostava de ir trabalhar de carro.
Infelizmente na década de 70, faleceu sua primeira esposa Antonia, e o destino quis que fosse eu a pessoa encarregada de dar a notícia, e leva-lo a enfrentar a realidade daquele triste momento.
Assim convivíamos e nos respeitávamos até o dia em que saí do SBT e ele desejou-me boa sorte.
No mesmo tom de voz com que me conheceu há 35 anos atrás, na técnica da Globo da Praça Marechal Deodoro.
GUGU LIBERATO
1 comentários:
Prestaram atenção nos comentários de Gugu? Deixou subtendido, sua preferência pela Globo.Por que será isso? Está cuspindo no prato que comeu por muito tempo? Como o coração dele está rancoroso,quanta pobreza de espírito. A pior coisa é se criar cobra para depois ser morta por ela.Prestem atenção como ele fez questão de frisar:"Eu tinha apenas 15 anos e já o conhecia como a "voz da Globo".Haveria necessidade disso? Respondam-me,por favor!!!!Ele frisou Globo,mas se esqueceu de que quem lhe deu oportunidade na Globo foi o Sílvio Santos para trabalhar na sua produção.Agora, pergunto, por que ele não ficou na Globo quando Sílvio saiu de lá?
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