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Maisa seria a sucessora de Silvio Santos, revela biógrafo



Quem pensa em uma das filhas de Silvio Santos como a sucessora do legado do apresentador aqui no Brasil, se enganou. O biógrafo do dono do SBT, Mauricio Stycer, aposta em ninguém menos que Maisa Silva para esse posto. Questionado pela jornalista Vivian Masutti, em entrevista para a Folha de S. Paulo, ele diz que vê apenas a adolescente nessa figura.

Sobre a possibilidade de uma das filhas assumir esse posto, ele declara: “Sinceramente, não. Vejo que ele já planejou e está colocando em prática a sua sucessão na empresa, mas em cima do palco, diante do público, ele é insubstituível. Agora, especulando sem compromisso, eu diria que a figura com maior carisma hoje no SBT, depois de Silvio, é Maisa Silva”.

O livro ‘Topa Tudo por Dinheiro’ mostra o lado empresarial e político de Silvio, e o autor aborda, inclusive, a tentativa frustrada de concorrer à Presidência do Brasil, em 1989, quando acabou sendo barrado na Justiça: “O que me motivou foi perceber que, apesar da montanha de papel já escrita sobre o Silvio, há tantas histórias mal contadas ou mal explicadas”.

“Hoje, perto de completar 88 anos, acho que ele não teria fôlego para disputar uma eleição presidencial. Mas, se fosse mais jovem, no estado de descrédito em que os brasileiros estão atualmente, suspeito de que ele teria muitas chances”, completa o autor. Na época, o partido de Silvio Santos estava em uma situação irregular.

“O mais curioso sobre a tentativa dele de disputar a Presidência em 1989 é que ele nunca conseguiu explicar direito o que o motivou a fazer isso. Brinco que ele foi um Donald Trump 30 anos antes”, comenta Stycer, que aborda ainda no livro o fato de Silvio Santos ter escondido sua primeira mulher com as duas primeiras filhas.

“Ele escondeu a mulher, Cidinha, e as duas filhas por mais de uma década. Vários jornalistas conheciam a história e se mantiveram em silêncio. […] Muitos anos depois da morte dela, ele confessou publicamente um arrependimento dramático. Acho que esse episódio, por si só, renderia uma boa minissérie de TV”, revela.

“Não tentei desmistificar Silvio. Na verdade, não concordo que ele seja um mito, colocado numa dimensão inatingível. […] Demorei cerca de um ano para fazer a pesquisa e escrever o livro. Li duas dezenas de livros e centenas de reportagens escritas sobre Silvio. Quanto mais eu lia, mais eu percebia que havia o que explicar e esclarecer”, afirma.

Por fim, o autor revela que não conseguiu entrevistar Silvio: “Só tentei entrevistá-lo uma vez e recebi uma negativa muito educada como resposta. Ele disse desejar sucesso para o livro que eu preparava então, mas não queria falar. Entendo que Silvio, a esta altura, não está mais tão preocupado com o que dizem ou pensam sobre ele, desde que não ultrapassem alguns limites”.

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