:band:

10. Daniela Cicarelli

Ela já foi a estrela do canal jovem brasileiro. Mesmo para a audiência segmentada da MTV, Daniela Cicarelli era um sucesso – a publicidade nos intervalos de seus programas eram os mais caros da emissora. Com audiência cada vez maior, a queridinha do público adolescente acabou chamando a atenção de emissoras da TV aberta. Ganhando um salário três vezes maior, aceitou o convite da Band e cometeu o erro comum a muitos apresentadores que hoje estão à beira do fracasso: trocar de canal achando que o público e o sucesso o acompanhariam. No comando do programa semanal Quem Pode Mais?, chegou a dar traço no ibope (o que significa zero de audiência). Nem a participação dos colegas-estrelas do CQC (vídeo abaixo) ajudou. Ficou na geladeira, voltou ao ar, saiu de novo… o que comprova que o sucesso é passado para ela.

:band:
9. Adriane Galisteu

Adriane Galisteu foi apresentada como a grande estrela da recém-inaugurada RedeTV, em 1999. Ganhou o horário nobre: as noites de segunda à sexta. Fez bonito. Levava a emissora a grandes índices de audiência à frente do SuperPop. Chamou tanto a atenção que, 10 meses depois, trocou a novata emissora pela Record. À frente do É Show, o sucesso já não era o mesmo – passou a ser incomodada por Luciana Gimenez e seu ex-programa – mas ela ainda agradava. Não se contentou e seguiu pipocando pelas emissoras, cada vez com menos êxito. No SBT, chegou a passar por todos os horários possíveis (no vídeo abaixo, quando o Charme era exibido de madrugada). Bateu muito de frente com o “patrão” e saiu. Sua última parada foi a Band, onde o Toda Sexta começou com três horas de duração, foi reduzido a uma, e pode até sumir do mapa.

:globo:
8. Serginho Groisman

Ele foi um dos primeiros apresentadores de TV a liberar os microfones para os jovens. Com seu típico “Fala, Garoto”, Serginho Groisman tornou o Programa Livre, do SBT, um dos principais programas da TV brasileira nos anos 90. Não poderia dar outra: em 2000, foi abocanhado pela Globo, que só depois de fechar o negócio parecia ter descoberto que não sabia muito o que fazer com ele. Ficou na geladeira por um tempo e, quando voltou para um programa fixo, após umas apostas furadas, o que conseguiu foi a madrugada de sábado – horário em que, convenhamos, é difícil encontrar em casa alguém da faixa etária que ele pretende atingir. E quem está em casa nem sempre está disposto ou preparado para ouvir o conteúdo de quadros como o Púlpito (vídeo abaixo), com protestos contra, por exemplo, as piadas de loiras.

:band:
7. Márcia Goldschmidt

Márcia foi lançada pelo SBT no que tinha a ambição de ser uma cópia dos programas americanos em que o apresentador instiga a plateia a participar dos dramas pessoais levados diariamente para o palco. Assumindo um estilo durona, expressado pelo bordão “Mexeu com você, mexeu comigo”, ganhou o Brasil. O formato não era lá muito novo, mas a emissora acertou ao levar a população para a TV a fim de discutir seus problemas mais comuns – da dúvida da paternidade ao convívio em família. Bombou. E cansou. Ela ainda tentou investir em um programa feminino de outra emissora paulista e em outros menos “sensacionalistas” na Band, mas parece não saber fazer outro estilo. Em 2007, depois de um tempo fora do ar, a Band lhe devolveu o programa Márcia (vídeo abaixo), que não lembra nem de longe o fenômeno anterior.

6. Gilberto Barros

Gilberto Barros foi para a Record o que Luciana Gimenez foi para a RedeTV, após a saída de Adriane Galisteu: tapa-buraco. O programa Ratinho Livre fazia sucesso e, para não perder a boa fatia de audiência com a saída do apresentador, trocaram rato por Leão (apelido do apresentador). E, com direito a rugido e cara feia, mostraram alguém disposto a comprar qualquer briga em nome da Justiça (vídeo abaixo). Não deu outra. Estouro de audiência, superando até a Globo. Quando foi para a Band, ficava nada menos que seis dias por semana na TV – nas noites de segunda a sexta com o Boa Noite Brasil, e aos sábados, com o Sabadaço. Mas não durou. Começaram a mudar os quadros e os formatos dos programas quando o ibope passou a mostrar que tanto investimento não valia a pena. E, hoje, ele simplesmente sumiu.

:band:
5. Raul Gil

Raul Gil sempre teve seu lugar cativo na TV, seja por respeito ou por sua capacidade de criar quadros que, de tempos em tempos, aquecem a audiência. Mas a verdade é que, hoje, ele não é sombra do que foi, por exemplo, em 2001, quando retomou a velha fórmula dos programas de calouros, que voltou a virar mania no país. A descoberta de grandes talentos da música – como o “anjinho” Robinson Monteiro (vídeo abaixo), que chegou a vender mais de um milhão de CDs – levaram-no, muitas vezes, a 1º lugar no ibope. Um ano depois, a ideia cansou, e a Record cancelou o quadro. Em 2005, foi para a Band. Chegou a ter programas aos sábados e domingos, que acabaram reduzidos só ao 1º dia – saindo do ar ou com o horário encurtado para dar espaço a qualquer partida de futebol ou evento esportivo que possa render “pontinhos” a mais.

:sbt:
4. Ratinho

O jeitão bizarro, briguento e desbocado de Ratinho fizeram dele o defensor dos fracos e oprimidos na TV. Também foi mestre em explorar a tristeza alheia, saindo como o bom samaritano que dava voz aos problemas de pessoas carentes de atenção ou dispostas a uma boa briga. Quando estreou na Record, em 1997, ganhou o horário nobre, das 20h30 às 22h, e atrapalhou até a audiência das novelas da Globo. Um ano depois, foi para o SBT e, conforme o personagem que batia com cassetete na mesa e quebrava o cenário (vídeo abaixo) cansava o público e a audiência caía, ele sambava pelos mais diferentes horários. Chegou a ficar um tempo fora do ar. Voltou, tentou retomar o programa diário, mas o ibope não se mexeu. Hoje, precisa se contentar com um programa semanal, onde os ânimos são bem mais contidos, e o sucesso, pífio.

:globo:
3. Ana Maria Braga

Ela já foi dona das tardes da TV brasileira. Quando começou a onda dos chamados programas femininos, Ana Maria Braga era um ícone. Tomava conta do horário das 11h às 18h, no Note e Anote da Record. Quando mudou para a Globo, ficou limitada a uma hora diária com o Mais Você, que seria estendida caso o ibope mostrasse que seria compensador. Hoje, dez anos depois, isso ainda não aconteceu. Chegaram a mudar os estúdios de São Paulo para o Rio, deixando-a mais perto de todo o casting de famosos da emissora elevando o nível dos convidados. Nem a participação hilária da “rainha” Xuxa (vídeo abaixo) adiantou. Chegaram a dar a ela seu próprio reality show, o Super Chef, e deixaram-na até invadir ao vivo a casa do Big Brother Brasil, na tentativa frustada de levantar o ibope. Até os desenhos do SBT superam sua audiência.

:record:
2. Gugu
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Desde o fatídico dia em que Gugu – até então anunciado aos quatro ventos como o único sucessor de Silvio Santos – teve a infeliz ideia de transmitir uma entrevista fajuta com falsos integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) sua audiência só despenca. Então, o apresentador-fenômeno, que ganhou a TV com o Viva a Noite e guerreou inúmeras vezes em pé de igualdade com Faustão pela audiência dos domingos, viu o sucesso se esvair. Ele já não era mais uma grande estrela, mas seu nome ainda tinha força suficiente para despertar o interesse da Record. Na estreia na nova emissora (vídeo abaixo), até conseguiu garimpar o segundo lugar no ibope. Mas, passada a curiosidade dos telespectadores, hoje ele não é páreo para o antigo “patrão”, o que deverá motivar reformulações em seu programa, inclusive de horário.

:globo:
1. Xuxa
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Por mais que doa aos leais súditos saber, a realidade é que os áureos tempos da “Rainha dos Baixinhos” na TV já passaram – há anos, na verdade. Afinal, não é de hoje que Xuxa e audiência parecem estar tão separados quanto água e óleo, o que exige da Globo as maiores peripécias para mantê-la na programação. Na época do Xou da Xuxa, nos anos 80, não tinha para mais ninguém. Quando, em meados da década de 90, ela decidiu apostar no público jovem – os antigos baixinhos – com Planeta Xuxa, ainda se deu bem. O tiro n’água foi mesmo quando ela bateu o pé, foi contra o conselho de todos e quis voltar ao público infantil. Aí, a audiência só foi ladeira abaixo . O TV Xuxa chegou a ser diário e só para crianças, como ela queria. Não deu certo. Hoje, com o mesmo nome, ganhou um formato “para toda a família” (vídeo abaixo) e passou a ser semanal. Pior: foi para as manhãs de sábado, quando a família geralmente tem coisas melhores para fazer. Resultado: perdeu mais de uma vez no ibope até para a pequena apresentadora Maísa e os desenhos do SBT.