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'Coisa mais linda' é uma série que a gente maratona sem nem perceber



Depois de uma primeira temporada de sucesso, “Coisa mais linda” voltou à Netflix com uma nova leva de seis episódios com a mesma qualidade da estreia. A série é uma dessas que a gente maratona sem nem perceber, já que fica difícil sair de frente da telinha. A fotografia continua belíssima, a trilha sonora é um deleite para os ouvidos, os figurinos são um colírio, e a história é envolvente, mas o grande diferencial da trama é o nível da atuação do elenco, em especial do quarteto protagonista. Maria Casadevall, Pathy Dejesus, Mel Lisboa e Larissa Nunes estão simplesmente perfeitas na pele de Malu, Adélia, Thereza e Ivone. Essa última personagem, aliás, ganhou muito peso na segunda temporada e veio a ocupar o lugar de Lígia (Fernanda Vasconcellos), que só aparece em flashback. A irmã mais nova de Adélia batalha para dar o primeiro passo em sua carreira como cantora, seguindo o maior sonho de sua vida e fazendo jus à história de Lígia.

A naturalidade das atuações das quatro atrizes é impressionante, e elas parecem estar sempre muito à vontade. Maria, Pathy, Mel e Larissa hipnotizam o telespectador, que se envolve rapidamente com os dramas das quatro mulheres. Pathy e Larissa, menos conhecidas na TV que as duas colegas, têm talento de veteranas e mostram enorme química entre elas mesmas e com o restante do elenco. Uma pena que Fernanda tenha “deixado” a série. Lígia teve enorme importância na primeira temporada, e a atriz arrasou em seu trabalho mais adulto na TV. A personagem de Larissa repete sua história e isso deixou a impressão de falta de criatividade para desenvolver novos rumos para a trama. Lígia poderia, agora, estar buscando justiça (ou vingança?) contra o marido, Augusto (Gustavo Vaz). Isso, no entanto, não tira o brilho da série, que ainda nos brinda com participações de Esther Góes, Bia Seidl e Eliana Pittman, que canta lindamente. “Coisa mais linda” acaba deixando algumas situações em aberto, o que pode indicar mais uma temporada.


Por Carla Bittencourt/ Telinha

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