Ela tem apenas 20 anos, mas basta começar a falar para a gente ter a impressão de estar diante de um mulherão de vasta experiência na vida. Não que ela não seja, sim, um mulherão. Mas Marília Mendonça, cantora sertaneja que está entre os dez artistas mais tocados no país (é dela a música "Infiel"), é ainda uma menina. Prodígio, claro.
Aos 12 anos ela começou a compor músicas de amor. Foi no Youtube que encontrou seu palco e seu público. “A internet me ajudou demais. 80% do meu sucesso hoje veio disso”, acredita Marília, que nasceu em Goiânia, celeiro de inúmeras duplas sertanejas: “Por isso também o lugar mais difícil para fazer um nome”.
Marília não é de meias palavras. Sabe muito bem o que quer e aonde deseja chegar. Gordinha, disse não aos consultores de imagem que queriam mudar sua aparência. “Não aceito. Eu subo no palco para cantar. O que me interessa é transmitir uma mensagem positiva. Não vou entrar nessa. Começa mudando por fora e depois muda por dentro. Minha essência é o que meus fãs vão ter”, justifica a cantora, que viu o público feminino crescer.
Até tomar as próprias decisões foram muitas noites cantando em barzinhos por uma cocada e uma mariola. “Teve uma vez em que minha mãe ficou a noite inteira com uma garrafa de cerveja na mesa me ouvindo cantar porque só tinha R$ 5 na carteira”, recorda ela, que está negociando a compra de sua primeira casa: “Não estou rica”.
Cachê nas alturas
Pode até não estar rica, mas com a média de 20 shows por mês pode estar perto disso. O mercado diz que um show de Marília já tem a garantia de R$ 150 mil. Ou seja, este é o valor que o contratante banca. Se a portaria for maior, ela leva a metade. A cantora, no entanto, não fala sobre valores. “Depois vai ter parente achando que estou cheia de dinheiro”.
Namorando há três meses, ela diz que suas músicas conquistaram fãs porque não mostram a mulher sofredora por trás de canções de amor. “Acho que mostro a mulher independente, que chega junto. E canto para elas. Não adianta fazer música que fale para o homem. Isso os sertanejos já fazem”, pondera ela, que não se acha uma “femineja”: “Não vou dizer que não haja preconceito no meio e machismo. Mas é melhor parar de mimimi e provar sua competência no palco”.
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