Aretha Marcos cresceu longe do público que a viu, criança, atuar em especiais infantis exibidos pela TV Globo nos anos 80. Filha dos cantores Antonio Marcos (1945 - 1992) e Vanusa, a menina chegou a gravar um disco infantil produzido por Liminha.
Mas sumiu na poeira das estradas até lançar no fim de 2006, sem repercussão, o CD e DVD Aretha Marcos - Homenagem aos 60 Anos de Antonio Marcos. Hoje com 36 anos, Aretha finalmente aparece para valer com o álbum que considera - com razão - seu primeiro trabalho relevante. E o que se ouve no CD editado pelo selo Discobertas, do produtor Marcelo Fróes, é uma cantora de forte personalidade, dona de voz segura.
Sim, Aretha canta como gente grande e valoriza músicas como Em Cima do Morro (Eduardo Pitta, Sissi Abreu e Pedrinho Furtado) - adornada com certa ironia pelo trombone de Deco - e Malabarista (Marília Duarte). Aretha, o disco, é trabalho de banda que costura arranjos e interpretações com unidade. No caso, a banda formada por Estevan Sinkovitz (guitarra), Ricardo Prado (teclados), Caio Lopes (bateria) e Léo Freitas (baixo) se mostra afiada ao criar o clima de cabaré em que se ambienta Na Telha (Kleber Albuquerque) e ao buscar o apropriado tom circense que faz Escada Abaixo (Eduardo Pitta e Xande Mello) galgar o posto de uma das melhores faixas deste disco que destila certo humor em temas como Tempero (Xande Mello).
No álbum, Aretha também aparece razoavelmente bem como compositora em A Mulher do Sacana - faixa com burlescas intervenções vocais de Gutão - e em Tudo que Posso com Você, faixa que esboça pegada roqueira que se explicita no cover de A Little Less Conversation (Billy Strange e Mac Davis), feito com arranjo retrô que evoca o espírito do rock'n'roll dos anos 50.
E por falar em regravações, Aretha pisa com corajosa correção no terreno de Edith Piaf (1915 - 1963) - de cujo repertório revive Non, Je Ne Regrette Rien (Michael Vaucaire e Charles Dumont) - e se confirma cantora de forte personalidade ao recriar Resposta ao Tempo (Aldir Blanc e Cristóvão Bastos) em andamento mais lento e em clima levemente soturno que se desvia do tom abolerado da gravação antológica de Nana Caymmi. Por mais que o registro de Nana já seja definitivo, Aretha e banda buscam - e encontram - um novo caminho para o belo bolero, provando que a filha de Vanusa e Antonio Marcos cresceu como artista ao trilhar, enfim, caminho adulto na música, já distante do universo dos pais e dos especiais infantis que cristalizaram sua imagem de criança em todo o Brasil.
Curta um pouco do trabalho desta magnífica cantora:
Para ouvir:
www.myspace.com/oficialarethamarcos
Ver:
http://www.cotashows.com.br/artista/aretha "clicar em vídeos"
Orkut:
Mas sumiu na poeira das estradas até lançar no fim de 2006, sem repercussão, o CD e DVD Aretha Marcos - Homenagem aos 60 Anos de Antonio Marcos. Hoje com 36 anos, Aretha finalmente aparece para valer com o álbum que considera - com razão - seu primeiro trabalho relevante. E o que se ouve no CD editado pelo selo Discobertas, do produtor Marcelo Fróes, é uma cantora de forte personalidade, dona de voz segura.
Sim, Aretha canta como gente grande e valoriza músicas como Em Cima do Morro (Eduardo Pitta, Sissi Abreu e Pedrinho Furtado) - adornada com certa ironia pelo trombone de Deco - e Malabarista (Marília Duarte). Aretha, o disco, é trabalho de banda que costura arranjos e interpretações com unidade. No caso, a banda formada por Estevan Sinkovitz (guitarra), Ricardo Prado (teclados), Caio Lopes (bateria) e Léo Freitas (baixo) se mostra afiada ao criar o clima de cabaré em que se ambienta Na Telha (Kleber Albuquerque) e ao buscar o apropriado tom circense que faz Escada Abaixo (Eduardo Pitta e Xande Mello) galgar o posto de uma das melhores faixas deste disco que destila certo humor em temas como Tempero (Xande Mello).
No álbum, Aretha também aparece razoavelmente bem como compositora em A Mulher do Sacana - faixa com burlescas intervenções vocais de Gutão - e em Tudo que Posso com Você, faixa que esboça pegada roqueira que se explicita no cover de A Little Less Conversation (Billy Strange e Mac Davis), feito com arranjo retrô que evoca o espírito do rock'n'roll dos anos 50.
E por falar em regravações, Aretha pisa com corajosa correção no terreno de Edith Piaf (1915 - 1963) - de cujo repertório revive Non, Je Ne Regrette Rien (Michael Vaucaire e Charles Dumont) - e se confirma cantora de forte personalidade ao recriar Resposta ao Tempo (Aldir Blanc e Cristóvão Bastos) em andamento mais lento e em clima levemente soturno que se desvia do tom abolerado da gravação antológica de Nana Caymmi. Por mais que o registro de Nana já seja definitivo, Aretha e banda buscam - e encontram - um novo caminho para o belo bolero, provando que a filha de Vanusa e Antonio Marcos cresceu como artista ao trilhar, enfim, caminho adulto na música, já distante do universo dos pais e dos especiais infantis que cristalizaram sua imagem de criança em todo o Brasil.
Curta um pouco do trabalho desta magnífica cantora:
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Ver:
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Comunidade no Orkut:
http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=4290767
Twitter :
http://twitter.com/arethamarcos
O Cd já está a venda no site da Saraiva:
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