Maria Cândida desabafa o por quê da saida da Rede Record.
“Pensei muito e decidi que não queria ficar mais um ano, dois, esperando pintar algo interessante. Então, resolvi que era hora de sair”
Jornalista desde 1992, Mâria Cândida já trabalhou em várias emissoras, como Record, Record News, Globo, SBT, Bloomberg e CNN. “É preciso ver outras coisas, viajar, trabalhar com gente nova e trazer mais informação para crescer profissionalmente. Eu sou assim. Nunca fiquei mais de 6 anos em uma TV”, diz.
Há cerca de duas semanas, a apresentadora anunciou sua saída da Record. Desde 2004 na emissora, resolveu respirar novos ares e tentar um novo projeto na televisão, desta vez de forma independente.
Em entrevista exclusiva concedida ao NaTelinha, Maria Cândida falou sobre essa decisão: “A Record queria que eu ficasse, mas não tinha nenhum projeto novo para mim. Só o que eu já tinha feito. Pensei muito e decidi que não queria ficar mais um ano, dois, esperando pintar algo interessante. Então, resolvi que era hora de sair”.
Já a Record, em contato com o NaTelinha, disse que não houve acordo na renovação do contrato com Maria Cândida. A emissora também desejou muito sucesso à apresentadora.
A jornalista também falou sobre os programas que fez na Record, confessou que ficou chateada com tantas mudanças no extinto “Programa da Tarde”, porém disse que se sentiu muito prestigiada na emissora, por ter tido várias oportunidades. Ela ainda fala que não chegou a negociar com o SBT depois que deixou a emissora de Edir Macedo, e muito mais. Confira:
Além dos motivos já sabidos, o que a Record achou da sua saída?
Maria Cândida: Da minha parte, o que ficou das nossas últimas conversas foi uma relação muito positiva. A Record queria que eu ficasse, mas não tinha nenhum projeto novo para mim. Só o que eu já tinha feito. Pensei muito e decidi que não queria ficar mais um ano, dois, esperando pintar algo interessante. Então, resolvi que era hora de sair. Ninguém entendeu muito bem, porque todo mundo quer ficar empregado hoje em dia. Mas eu ando com uma necessidade muito grande de ousar, de fazer algo novo, alguma coisa que eu realmente acredite. Também foi interessante que geralmente as pessoas saem e colocam notas no jornal falando que vão para outra emissora etc. E eu, fiquei quieta, porque ainda não vou para lugar nenhum. Este ano, vou escrever meu livro e tentar colocar no ar um outro programa, que criei.
Qual o projeto que mais gostou na emissora?
MC: O Doze Mulheres, sem dúvida nenhuma. Este programa, que teve 12 episódios, foi o ápice da minha história na Record. Foi um programa de bom gosto, conceitual e que deu audiência, apesar do horário difícil que foi colocado (0h30, sábados). Nele, pude mostrar meu lado repórter, apresentadora, tudo junto. Não foi fácil viajar por 4 meses, deixar filho, marido, casa e se dedicar só a um projeto. Mas aquilo era tão especial, tão importante para mim, que foram meses maravilhosos. Para quem está lendo a entrevista e não sabe do que eu estou falando, vou explicar: no programa, eu viajar por 12 países espalhados por todos os continentes. E nesses países, em cada um deles, eu entrevistava 12 mulheres. Ouvi histórias sensacionais e cresci muito como ser humano.
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