Antes "pilares" da programação da Record, novelas e jornalismo descem a ladeira do ibope e acendem o alerta vermelho na emissora. A direção da casa sonha com uma reviravolta. O problema se agrava porque agora não há "A Fazenda", reality que ajudou a inflar o ibope em meses anteriores.
Ontem veio a primeira mudança: o "Jornal da Record" entrou às 19h30, e não às 20h. Isso porque a direção não estaria satisfeita com as médias entre 7 e 9 pontos, obtidas nas últimas semanas, e decidiu arriscar outro horário. O resultado não poderia ser pior: o telejornal ancorado por Celso Freitas e Ana Paula Padrão marcou apenas 6 pontos, uma de suas menores médias. (Ficou em 3º)
Outro problema --e esse bem mais grave-- é o fiasco em que se transformou a "faixa de novelas" da casa. "Bela, a Feia", por exemplo, enésimo remake de um folhetim colombiano, empacou na casa dos 4/5 pontos de ibope (3º e as vezes 4º lugar). Muito pouco para um produto que, alardeava-se, seria um "fenômeno de 20 pontos".
A outra novela da casa, "Poder Paralelo", também está bem abaixo da audiência de suas antecessoras, mas ainda obtém 9 pontos às vezes. O problema é que a Record não tem mais nenhuma carta na manga em termos de dramaturgia. Após perder seu artífice noveleiro para o SBT (Tiago Santiago), a TV só tem agora a opção de dublar ou adaptar alguma obra da mexicana Televisa, sua nova parceira. O problema é que quase nada valerá a pena.
Por fim, outro calcanhar de Aquiles da programação da TV do bispo Macedo tem sido as tardes de segunda a sexta. Todas as tentativas feitas nos últimos dois anos de emplacar algo atraente para os públicos B, C e D nessa faixa horária fracassaram. E o mais novo fiasco atende pelo nome de "Geraldo", e que ontem obteve apenas 2/3 pontos --contra 7 na estreia e esperanças de mais 10 pontos, à época do lançamento. Geraldo aliás, vem perdendo pra Cristina Rocha e Ratinho frequentemente.
Ricardo Feltrin
Colunista do UOL
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